Dança do Ventre, que dança é essa?

 Sempre falo sobre a Dança que cura  e que dança é essa?

Acredito que toda dança tem um potencial curativo quando há a entrega, o envolvimento da emoção e do instinto.
 
O academicismo ou seja o excessivo foco no trabalho técnico dificulta esta entrega, a nossa mente funciona como uma empresa, cada repartições cuida de uma área, contabilidade, recursos humanos, produção, etc. Simplificando bem nossa mente é a mesma coisa. Existe a parte do celebro que faz ligações nervosas para a lógica e outra para emoções e para a devoção e muitas outras partes para cada ação que fazemos e sentimos. 

Quando dançamos pensando no movimento e na coreografia, contando os passos ou preocupados com o que fazer em cada momento utilizamos uma parte do cérebro. Quando deixamos a dança fluir naturalmente utilizamos outra parte do cérebro e se juntarmos à nossa Dança um sentimento Maior de devoção e adoração acionamos outra parte do nosso cérebro.

Gosto de um autor chamado Hermógenes, ele é um dos precursores do Yoga no Brasil e escreveu vários livros sobre o assunto.  E em um dos seus livros "Yoga para Nervosos", fala que toda doença nasce nas emoções, ou no descontrole destas.

Assim acredito que quando dançamos e colocamos uma emoção em nossa dança, estamos curando essa emoção, estamos nos tratando por dentro.

Quando desligamos a lógica e deixamos nosso corpo dançar, solto leve e sem barreira, estamos liberando nossas emoções, sentindo o corpo pra atingir as emoções e os sentimentos e nossa alma.

A Dança que cura é a Dança da alma, que acontece depois que dominamos as técnicas, para que a Dança aconteça de forma natural e prazerosa, sem bloqueios ou inseguranças é importante o domino das técnicas e da autonomia que se adquire com o conhecimento mais aprofundado. Mas depois disto, depois que a Dança já está na alma é que a entrega acontece. Algumas pessoas mais desprendida conseguem fazer os dois trabalhos em conjunto, outras ainda se entregam primeiro e depois adquirem técnica, cada pessoa aprende e se desenvolve de uma forma diferente. O importante é respeitar estas diferenças para que cada um possa viver a Dança em plenitude.

Sempre comparo a Dança com o Viver, você pode simplesmente seguir seus dias apenas ou pode planejar, organizar e viver de forma mais organizada e prazerosa. Você pode acordar e dormir ou pode sentir tudo a sua volta com intesidade e alegria. Assim também é Dançar.

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