Quando Danço Eu me Amo


Esta semana li vários textos sobre a Deusa Ishitar Deusa Acádia do amor e da guerra preparando a live de História da Dança, e me identifiquei muito com ela, acredito que dentro de todas nós mulheres existe uma Ishitar forte, intensa e sensual. 

Nós mulheres (desculpem os homens mas hoje o texto é para nós) somos assim pela própria natureza biológica, com nossos picos e declínios hormonais, um dia estamos afável como um gatinho no outro somos uma leoa faminta. 

O grande desafio de ser mulher e saber aproveitar estas oscilações, organizar cada tarefa de acordo com o seu estado no ciclo, se respeitando e entendendo em cada momento, perceber os sinais do que está se passando e agir de acordo e não simplesmente reagir sem controle. 

Eu acredito que a Dança nos coloca ciente de que momento estamos vivendo, percebendo as diferenças no corpo que as vezes está mais rígido, mais lento e mais pesado em outros dias onde está leve e ágil. Ao dançar compreendemos nossos limites, nossos progressos e necessidades, percebemos se nosso corpo está em harmonia ou se precisa de mais atenção. O mais interessante é que em cada fase parece que temos um novo corpo e temos que lidar com isso, existe uma nova mulher em cada momento e tudo bem. Percebemos as mudanças, aceitamos e nos ajustamos.

Essa é a magia de viver bem conosco e com o outro, quando me percebo, estou ciente do que está acontecendo e me aceito tudo funciona melhor. Quando me entendo deixo de ser a louca de TPM para ser a que se respeita e sabe de seus limites e necessidades. Então dance, dance todo dia, se sinta, perceba seu corpo em cada dia do seu ciclo, sinta como ele muda e aceite as mudanças, pois faz parte de você e que todas nós mulheres somos assim. 

Se permita ficar em silencio e simplesmente saborear uma música. Se permita se sentir, se permita se conhecer por dentro: suas emoções, sentimentos, desejos, medos, anseios, seus pensamentos e intenções; e por fora a capacidade de seus músculos, de suas articulações, seus batimentos cardíacos, sua capacidade de movimentar-se. Sem julgamentos ou críticas, apenas se conheça e se reconheça. 

Na empírica sabedoria dos antepassados compreendemos que assim como as Deusas também temos características ambíguas, o amor e a guerra, a harmonia e o caos estão em todos nós, só temos que saber viver cada momento da melhor forma. Eu comigo mesma me afago, me acolho, me corrijo, me entendo, me domino e me amo. Por isso dance, sinta, viva o seu corpo e ame-o acima de tudo. 


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