Processos Coregráficos na Dança do Ventre 6 - Como Dançar com Véu
Dançar com véu é muito prazeroso, além da sensação de leveza e magia que o véu proporciona tanto para quem dança como para quem assiste é o Ás na manga para quem está iniciando.
Um instrumento na mão sempre favorece o bailarino iniciante, pois disfarça um braço mal posicionado, transmite segurança, disfarça um eventual quadril menos dinâmico.
Só não pode esquecer que a proposta é fazer a Dança do Ventre com véu e não apenas dançar com véu, como muitas vezes vemos, uma movimentação maravilhosa de véu e nenhuma marcação de quadril ou quando esta ocorre é apenas com shimie numa parte mais intensa da música.
Uma técnica bem interessante que aprendi com a minha primeira professora, que facilita para não esquecer dos movimentos de corpo característico da Dança na hora de coreografar é intercalar movimento de véu, movimento de corpo e movimento de corpo com véu juntos.
Seguindo este esquema e variando as movimentações nos níveis alto, médio e baixo a dança será sempre criativa e dinâmica.
Esta foi a preocupação que tive quando elaborei a coreografia que apresento neste texto, se observarmos existem movimentos de corpo, intercalados com os movimentos de véu nos diferentes níveis. Além da troca constante do desenho: linha, coluna, circulo e diagonais.
Embora o véu na Dança do Ventre não faz parte de nenhuma tradição como já expliquei em outro texto sobre como dançar com véu e os sete véus, é de comum acordo que o véu é usado para fazer a introdução do bailarino na dança, mas sempre existe a licença poética quando falamos de fazer arte.
A música coreografada se chama Yassmena do músico egípcio Sayed Balaha, é uma música de estrutura clássica, o ritmo predominante é o maksum com variações, a melodia simples, mas rica no preenchimento da textura o que dá a sensação de dinamismo na sua sonoridade. Essa musica foi a escolhida justamente por esta característica, permite movimentações rápidas e intensas.
Este aspecto dinâmico da música foi caracterizado na coreografia na constante troca de posições dos bailarinos e o vigoroso trabalho de quadril.
É uma coreografia de nível intermediário à avançado, pois exige técnica mais apurada de movimentação, além do domínio do véu.
A seguir vídeo de algumas apresentações:
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