Papo de Bailarina: Dança do Ventre exige autenticidade

 

Você deve estar estranhando  a foto de gatinho num texto sobre Dança do Ventre, mas olhe bem pra fato com qual deles você se identifica?

Eu sempre fui aquela que olhava para o outro lado. Sempre gostei do figurino diferente, de Dançar a música estranha, de fazer diferente. As vezes era até difícil se encaixar nos grupos conversar os mesmos assuntos, e isso se refletia nas coreografias, me ajustar ao tempo das colegas, meu corpo sempre queria fazer outra coisa. 

Por muitas vezes fiquei triste e até com raiva de mim por ser assim, eu queria ser igual, fazer igual, dançar igual. Mas nem sempre somos o que queremos e aprendi a respeitar minhas diferenças e desisti de me lamentar e passei a tirar proveito disto. Com o tempo percebi que as grandes bailarinas eram grandes porque não era iguais. Alias a verdade é que todos querem ser iguais a elas se tornando cópias desbotadas da autenticidade que apresentam tão lindamente.

Então passei a me aperfeiçoar naquilo que gostava e não no que todos faziam. E sou assim até hoje, danço do meu jeito, não ligo se não olho para o mesmo lado, se não tenho as mesmas ideias, eu gosto de ser o que Sou.

Mas quando nos dispomos a realizar uma coreografia, nos dispomos a trabalhar em grupo temos que realmente nos adequar ao grupo, nos ajustar a proposta da coreografia e fazer o nosso melhor dentro daquela linguagem. No livro Paralelo e Paradoxo o Maestro Daniel Barenboim questiona: numa orquestra  de quem é a arte a ser apresentada do Maestro ou dos Músicos? E ele responde: a interpretação é do Maestro, mas o empenho empregado é do músico. Numa coreografia é a mesma coisa a interpretação é do coreógrafo, mas o trabalho para que aquele objetivo seja alcançado é do bailarino.

Por isso o trabalho  do coreográfico é tão difícil, o movimento idealizado para aquela sonoridade está na mente do coreógrafo e nem sempre os bailarinos o compreendem da mesma forma, por isso o coreógrafo deve fazer um trabalho de conscientização do grupo para que este seja sensibilizado de suas intenções. 

Quando um bailarino faz a coreografia de outro bailarino, esta sensibilização não acontece, e a Dança fica sem a intensidade que precisava. Assim quando você compor sua Dança busque em você, suas intenções, seus sentimentos para que a Dança saia verdadeira e autentica. Não se importe que todos dancem de um jeito, que olhem para o mesmo lado, busque a sua Dança, desenvolva sua qualidade técnica e seja autentico. Isso é o fazer arte. 

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