Papo de Bailarina: Dança do Ventre pra ser feliz

Chegamos ao final de mais um ano, não sei se pra todas as pessoas, mas pra mim foi um ano tenso com muitos momentos de ansiedade, muitas mudanças e o que me manteve em Paz, consciente pra fazer que tinha de fazer foi a Dança e o ensinar a Dançar. 

Pode parecer que quero favorecer aquilo que gosto e faço, mas não é. Eu faço uso do meu próprio remédio. sim, na minha vida a dança é um remédio, um balsamo, o elixir do bem viver. Naqueles momentos tensos em parece que tudo vai explodir em nossa mente eram os momentos que eu Dançava. As vezes a minha Dança interna não se relacionava com as técnicas que aprendemos e treinamos, era apenas um corpo solto livre pra fazer o que queria. Outras vezes dançava utilizando das técnicas que treino com o máximo de precisão.

Dançar é uma expressão da alma, do nosso Eu profundo, mas que deve ser lapidado para ir ao palco, pelo simples fato que a verdade assusta, então temos que pegar nossa Dança bruta, verdadeira e retirar algumas cascas até ficar agradável aos olhos do público. Mas não podemos nos esquecer de quem somos e como somos e como é essa Dança natural e pura que existe em nós. 

É este trabalho que busco realizar, uma tarefa difícil e lenta, que passa pelo estudo técnico, pela autodescoberta e união deste dois. Muitas pessoas não entendem o processo, outras se negam a entende-lo e param no meio, mas aquele que entende vai além de todos os outros. Porque ao meu ver a Dança perfeita é aquela que vai além da execução dos movimentos é aquela que mostra de forma harmoniosa quem realmente somos

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Fotos: Erika Genaro