A Cigarra, a Formiga e a Quarentena

"a arte existe para que a realidade não nos destrua"
Friedrich Nietzsche

Quando falamos em fazer arte logo vem a nossa mente os grandes pintores ou os artistas pop star, mas o fazer arte é muito mais amplo e simples.

O fazer arte é manifestar a vida em plenitude ou a busca desta, é a capacidade de expressar ideias, pensamentos e emoções sem a necessidade de convencer o outro que a sua forma é a certa.

Na arte não existe uma ordem prática, um objetivo, apenas a ordem da expressão, descontração, prazer e emoção.

A palavra arte vem do latim "artem" e significa habilidade,  também é a origem a palavra artesão. As duas palavras apesar de terem a mesma raiz tomaram rumos diferentes. O artesão determina uma utilidade prática para sua obra, ao passo que a única finalidade da obra do artista é a emoção.

Na antiguidade a arte, a religião, e as ciências estavam juntas, faziam parte do pensar e agir do ser humano. Não havia distinção, a devoção, o fazer e o viver tinham a mesma intensão e força.

Hoje cada faculdade segue caminho diferente com propósitos distintos, devoção, razão e sentimento cada qual em departamentos diferentes da ação humana. Talvez esta dicotomia tenha levado a humanidade ao grande consumo de antidepressivos e ansiolíticos.

Só o artista pode fazer arte, só o religioso encontra Deus, só o cientista tem a razão. E o ser comum que vive sua vida de trabalho e família, o que cabe a ele?

Na fábula de Esopo a cigarra morre congelada enquanto a formiga está merecidamente segura do rigor do inverno. Esta fábula nos leva a pensar que somente aquele que tem um propósito prático e funcional em suas ações é merecedor do conforto. Mas como a formiga suportaria o seu labor sem o canto da cigarra a aliviar sua mente.

Quantos de nós após um longo dia de trabalho, relaxamos ouvindo uma música, assistindo um filme, ou indo a sua aula de dança.

Quantos de nós já saímos da nossa aula de dança, Yoga, pilates, música ou qualquer outra atividade revigorado, quantas pessoas deixaram de usar medicamentos para dormir ou antidepressivos depois que começaram a pintar, estudar um instrumento, cantar ou dançar.


O ato de fazer arte é inerente a alma humana, o artista apenas empresta seu corpo e suas habilidades àqueles que se julgam não possuí-las. No entanto acredito que todos tem um artista latente dentro de si, basta sair das prisões que dominam as mentes lógicas e racionais que buscam o fazer funcional e se entregar a arte, mesmo que nunca tenham tentando, todos podem dançar, cantar, tocar um instrumento ou desenhar.  Mas se insistem que não é possível, ainda  podem apreciar a arte alheia e se beneficiar dela.

O apreciar e o fazer arte é um ato de saúde e bem estar. Quando digo arte incluo  toda ação corporal, linguagem e expressão cuja finalidade é o prazer, a entrega e a expressão.

Assim, chegou a vez da cigarra. O que seria de nós nestes dias de quarentena sem o artista que generosamente compartilha sua arte para manter a nossa saúde.  E como diz Vygotsky a arte é terapêutica para o artista e para o público.

Por isso e por muito mais que sempre digo e sinto em meus ossos Dançar é Viver!


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