O que é Zar?
O Zar é uma delas, dança ritualística de cura realizada em diversos países do norte da África e sudoeste da Ásia. Sua movimentação característica é a marcação bem acentuada da cabeça e tronco. No Egito foi proibida por ir de encontro aos preceitos do Islã, porém não deixou de ser praticada. Assim como aconteceu com o Candomblé aqui no Brasil no século passado pela igreja Católica.
De origem africana as duas práticas tem suas similaridades, dança-se ao som de tambores liderados por uma mulher que conduz o trabalho de acalmar os espíritos causadores da doença ou incomodo do consulente.
Entre os ritmos utilizados no Zar está o Ayuob facilmente encontrado nas músicas de repertório clássico e solos de derbak.
Mas como uma Dança religiosa como o Zar pode ser feito no palco?
Quando o ritmo Ayoub aparece bem marcado e puro em determinada parte da música ou num solo de derbak o bailarino ou bailarina pode fazer uma breve referência ao Zar, movimentando a cabeça que é acompanhada pelo tronco, no cadenciado da célula rítmica no compasso 2/4, marcando a batida mais forte. A célula pode ser lida assim Dum Tá Dum Tá Dum
Como toda dança que faz parte da cultura de uma região é necessário o cuidado para saber o que se está fazendo. Muitos bailarinos iniciantes realizam o cadenciado de cabeça ao ouvir o Ayoub, mas não sabem que esta movimentação faz parte de uma prática religiosa. Fazem porque assim aprenderam. Mas é importante saber o simbolismo do movimento para que seja executado com o devido respeito.
Esta marcação feita de forma harmônica sempre agrada o público, acredito que traz uma leveza e descontração a dança.
A Dança do Ventre apesar de ter como principal característica a liberdade de expressão e movimentação, esta liberdade esbarra nos costumes e crenças dos locais onde se desenvolveu.
Segue um vídeo em que demonstro o ritmo, não sou derbakista é apenas um estudo. Mas dá pra entender a célula do ritmo.
Dança do Ventre com Priscila Genaro no FIDES Centro de Cultura Lazer e Saúde
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