Homens na Dança do Ventre - parte 2
"Homens não tem ventre"
"A dança do ventre é uma dança estritamente feminina"
Este é o complemento do post anterior, para quem quiser conferir segue o link:http://bellydancepriscilagenaro.blogspot.com.br/2016/08/homens-na-danca-do-ventre.html
As feiras mundiais por volta de 1880 difundiam a cultura oriental como exótica e compostas de aberrações, de acordo com Roberta Salgueiro na feira internacional de 1889 em Paris mais de duas mil pessoas assistiram os espetáculos de danse du ventre, que era chamada assim pelo fato das bailarinas estarem com o ventre a mostra, mas foi em Chicago na World's Columbian Exposition, em 1893 que o nome foi consolidado como Belly Dance, mas segundo a bailarina Shahrazad Shahid Sharkey o nome correto é Dança do Leste, Rask Shark.
Sendo assim restringir a pratica da dança pela terminologia do seu nome como na afirmativa: homens não podem dançar a dança do ventre, pois não possuem ventre cai por terra, pois dança do ventre não está relacionado ao ventre materno, mas ao abdômen, assim homens e mulheres possuem abdômen, homens e mulheres podem dançar a dança do ventre.
A analise da segunda afirmativa "A dança do ventre é uma dança estritamente feminina" é um pouco mais complexa, temos que analisar o contexto histórico social.
De acordo com a Heloneida Studart a mulher perdeu seu poder quando decidiu cuidar dos filhos a ir para guerra com os homens. As mulheres foram realmente subjugada por quase toda história da humanidade, pois sua própria estrutura física e possíveis períodos de gestação a colocavam e colocam em desvantagem física em relação ao homem, assim ela foi assumindo um papel passivo e submisso na sociedade, acredito até por questões de sobrevivência. Coube a mulher o papel social de provedora, de serviçal, aquela que cuida, até hoje são em grande maioria mulheres nos serviços de enfermagem e de educação de crianças pequenas. Porém a sociedade vem tomando outros rumos, a tecnologia vem tomando o lugar da força bruta, homens e mulheres ocupam os mesmos cargos, dividem os mesmos papeis sociais tanto na economia como na família. Assim os papeis sociais de gênero também caem por terra, homens e mulheres trabalham fora e cuidam de suas casas e filhos, igualmente ou deveria ser assim.
No antiguidade homens e mulheres dançavam em adoração aos deuses, pediam a fertilidade da terra e dos ventre, a prosperidade dependia disto, o crescimento econômico dependia também do crescimento populacional. Uma família rica era composta por muitos filhos e netos fortes para o trabalho. Partindo deste pressuposto a dança do ventre é uma dança que expressa o Eu feminino, o poder de criar e gerar. Jung ao colocar que todos nós temos em nossa psique o lado masculino e feminino, animus e anima, nos possibilita compreender o papel da arte sem gênero, sem tabus, pois de acordo com Lev Vygostisky a arte é terapêutica para o artista e para o público. É a arte que une o consciente e o inconsciente do ser humano, transformando-o num ser pleno, completo. Masculino e feminino uno em plenitude.
Os homens estão apenas ocupando seu lugar na dança, assim como as mulheres ocupam seus lugares na sociedade. Ambos caminhando para uma sociedade harmoniosa e equilibrada livre de dicotomias e esteriótipos. Uma sociedade realmente humana.
"A dança do ventre é uma dança estritamente feminina"
Este é o complemento do post anterior, para quem quiser conferir segue o link:http://bellydancepriscilagenaro.blogspot.com.br/2016/08/homens-na-danca-do-ventre.html
As feiras mundiais por volta de 1880 difundiam a cultura oriental como exótica e compostas de aberrações, de acordo com Roberta Salgueiro na feira internacional de 1889 em Paris mais de duas mil pessoas assistiram os espetáculos de danse du ventre, que era chamada assim pelo fato das bailarinas estarem com o ventre a mostra, mas foi em Chicago na World's Columbian Exposition, em 1893 que o nome foi consolidado como Belly Dance, mas segundo a bailarina Shahrazad Shahid Sharkey o nome correto é Dança do Leste, Rask Shark.
Sendo assim restringir a pratica da dança pela terminologia do seu nome como na afirmativa: homens não podem dançar a dança do ventre, pois não possuem ventre cai por terra, pois dança do ventre não está relacionado ao ventre materno, mas ao abdômen, assim homens e mulheres possuem abdômen, homens e mulheres podem dançar a dança do ventre.
A analise da segunda afirmativa "A dança do ventre é uma dança estritamente feminina" é um pouco mais complexa, temos que analisar o contexto histórico social.
De acordo com a Heloneida Studart a mulher perdeu seu poder quando decidiu cuidar dos filhos a ir para guerra com os homens. As mulheres foram realmente subjugada por quase toda história da humanidade, pois sua própria estrutura física e possíveis períodos de gestação a colocavam e colocam em desvantagem física em relação ao homem, assim ela foi assumindo um papel passivo e submisso na sociedade, acredito até por questões de sobrevivência. Coube a mulher o papel social de provedora, de serviçal, aquela que cuida, até hoje são em grande maioria mulheres nos serviços de enfermagem e de educação de crianças pequenas. Porém a sociedade vem tomando outros rumos, a tecnologia vem tomando o lugar da força bruta, homens e mulheres ocupam os mesmos cargos, dividem os mesmos papeis sociais tanto na economia como na família. Assim os papeis sociais de gênero também caem por terra, homens e mulheres trabalham fora e cuidam de suas casas e filhos, igualmente ou deveria ser assim.
No antiguidade homens e mulheres dançavam em adoração aos deuses, pediam a fertilidade da terra e dos ventre, a prosperidade dependia disto, o crescimento econômico dependia também do crescimento populacional. Uma família rica era composta por muitos filhos e netos fortes para o trabalho. Partindo deste pressuposto a dança do ventre é uma dança que expressa o Eu feminino, o poder de criar e gerar. Jung ao colocar que todos nós temos em nossa psique o lado masculino e feminino, animus e anima, nos possibilita compreender o papel da arte sem gênero, sem tabus, pois de acordo com Lev Vygostisky a arte é terapêutica para o artista e para o público. É a arte que une o consciente e o inconsciente do ser humano, transformando-o num ser pleno, completo. Masculino e feminino uno em plenitude.
Os homens estão apenas ocupando seu lugar na dança, assim como as mulheres ocupam seus lugares na sociedade. Ambos caminhando para uma sociedade harmoniosa e equilibrada livre de dicotomias e esteriótipos. Uma sociedade realmente humana.
"o que é mais importante-, promover o esclarecimento e a liberdade humana."
Edward W. Said
Vídeo do Texto:
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